A beleza do poeta Está dentro da caxola Beleza do repentista É quando canta e não enrola A beleza do catira É quando a botina descola A beleza do violeiro É o ponteio da viola
A beleza do terreiro É o canto das angolas Beleza do sabiá É cantar fora da gaiola A beleza do arreio Ta no brilho das argolas
Beleza do laçador É quando o laço desenrola
A beleza do aluno É nota boa na escola A beleza de um craque Tá no controle da bola A beleza da viagem É o bolso cheio de dólar E a beleza das mãos Na hora de dar esmolas
A beleza da modelo É desfilar toda paxola A beleza do sapato Tá no capricho da sola A beleza do casaco É a pele de onça na gola E a beleza da mulata É quando dança e rebola
A beleza do banquete É quando a fartura rola Beleza da sociedade Tá no fraque e na cartola A beleza da tourada É o olé das espanholas A beleza da mulher É quando veste a camisola