Rosemary Clooney

Biografia

Rosemary Clooney
Data de Nascimento:23-05-1928
Local de Nascimento:Maysville, KY
Data de Falecimento:29-06-2002
País de Origem:EUA
Rosemary Clooney morreu a 29 de Junho de 2002, aos 74 anos, terminando uma das mais longas e mais apreciadas carreiras do pop-jazz vocal. Como vários outros cantores nascidos para a arte durante o período das big bands dos anos 30 e 40, a arte de Clooney teve duas fases distintas: até aos finais dos anos 50 e, depois de um hiato nos anos 60 e 70, ressurgindo depois para uma brilhante carreira de concertos e discográfica dos anos '80 até ao século XXI.
Nascida no Kentucky em 23 de Maio de 1928, começou a cantar ainda adolescente com a irmã Betty, nascida em 1930, em eventos escolares, nas rádios locais de Cincinnati e na big band de Tony Pastor (no CD "Mothers & Daughters", de 1997, Rosemary Clooney incluiu uma gravação com a irmã em 1954, no tema "Sisters").
A carreira prosseguiu a solo na televisão e em disco, depois de contratada pela Columbia. O estilo popular das canções era bem servido pela experiência na big band de Pastor e por uma voz sexy e quente, muito musical e de contralto, o que servia melhor o meio radiofónico e discográfico.
Esta fase da sua carreira ficou marcada por vários duetos (com Guy Mitchell, Marlene Dietrich, Bing Crosby) e importantes êxitos de vendas. Gravou com o sexteto de Benny Goodman e com o quarteto vocal , The Hi-Lo's.
Em 1956, Rosemary Clooney espantou o mundo do jazz e do pop-jazz com o álbum "Blue Rose", gravado com a orquestra de Duke Ellington. O próprio Ellington revelou a sua surpresa quando ouviu o LP pela primeira vez (a gravação da voz foi realizada separadamente). Este álbum tem sido reeditado sucessivamente em CD pela proprietária da CBS, a Sony Records. É porventura um dos mais famosos álbuns vocais da história do pop-jazz
No cinema, Clooney participou em alguns filmes nos anos 40 e 50, tendo ficado identificada com o maior êxito de sempre da história da música popular, "White Christmas", de Irving Berlin, ao participar no filme com esse nome de 1954 protagonizado por Bing Crosby.
Na televisão, fez em 1956-57 um programa com grande êxito, o Rosemary Clooney Show, que tinha como director musical o grande orquestrador do pop-jazz dos anos 50, Nelson Riddle, e o apoio dos Hi-Lo's. Embora não tenham sobrevivido em partitura os arranjos de Riddle para grande orquestra, em 1996, John Oddo recuperou através das gravações os arranjos e acrescentou-os, dado que, sendo escritos para TV, tinham em geral apenas dois minutos. Daí resultou, quatro décadas depois, um CD com arranjos de Nelson Riddle ("Dedicated to Nelson", Concord Jazz).
Nos anos 60, mudou de editora para a RCA, mas a sua carreira não poderia ter o mesmo êxito no período em que se impunha o rock & roll e uma nova cultura da juventude. Desta época, destaca-se um álbum não reeditado com Bing Crosby, muito bem recebido pela crítica: "Fancy Meeting You Here". Gravou também com o trio de Buddy Cole (o qual também gravou álbuns de Crosby, dos seus melhores com uma de mão de jazz) e com a orquestra de Les Brown (ainda activa nos Estados Unidos em 2001). Gravou também para a Reprise e para a Capitol.
Seguiu-se um período de semi-afastamento dos estúdios e das salas, durante o qual Rosemary criou os cinco filhos do casamento com o actor José Ferrer (com quem tinha contracenado no filme de 1954, "Deep in My Heart, uma biografia ficcional do compositor de canções Sigmund Romberg).
No final dos anos 70, Rosemary Clooney renasceu para o mundo da música pop-jazz, iniciando na editora Concord, de Carl Jefferson, uma impressionante galeria de álbuns de altíssima qualidade onde ficaram registados centenas de standards da melhor música americana do século XX na companhia de grandes músicos de jazz em pequenos agrupamentos (como o saxofonista Scott Hamilton) e grandes orquestras (Count Basie Orchestra, Woody Herman Orchestra).
Agora que se fechou o ciclo, é possível parar e rever o impecável catálogo de 25 CDs de Clooney na Concord: álbuns dedicados a compositores (Berlin, Cole Porter, Harold Arlen, Jimmy Van Heusen, Johnny Mercer, Ira Gershwin, Rodgers, Hart & Hammerstein), álbuns temáticos (Segunda Guerra Mundial, Natal, Broadway, baladas), tributos (Bing Crosby, Billie Holiday, Nelson Riddle).
Rosemary Clooney revela nestes álbuns a magia da voz quente, afectuosa, que domina perfeitamente o tempo, que tem o beat do jazz na garganta, que canta as canções através das letras, da voz que, sem pretender manter a mesma sensualidade, é toda ela a experiência da idade mas com enorme alegria e vontade de viver. A sua cumplicidade com os musicos é total, o que dá enorme autenticidade e mais-valia à música, como se o ouvinte estivesse presente na gravação: estes são discos feitos por pessoas, não por máquinas, sintetizadores e montadores de bits e bites.
Quando Rosemary Clooney completou 70 anos, a Concord reuniu um CD de tributo ("A Seventieth Birthday Celebration", 1998) com temas de 17 álbuns, a que se acrescentou um tema de James Taylor e, a fechar, um tema dos irmãos Gershwin com a participação de k.d. lang e Linda Rondstadt.
Na mesma altura, Rosemary Clooney participou num episódio de E.R. (Serviço de Urgência), aclamada série de televisão em que então brilhava o seu sobrinho George Clooney

Publicado em 12 Dec 2008, 18:55


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