Madness

Biografia

Madness
Junto com o Specials, o Madness foi uma das primeiras bandas ska a trabalhar com o estilo no final dos anos 70 e começo dos 80. Com o sucesso, o grupo passou a incorporar outros elementos ao som, coisas mais ligadas à soul music e pop. Chegou ao sucesso nos Estados Unidos apenas em 1983, mas já era um dos grupos mais conhecidos na Inglaterra, influenciando uma geração de músicos e sendo considerado um dos grupos mais amados do Reino Unido durante a década de 80.

As origens do Madness estão ligadas ao grupo de ska The Invaders, que era formado por Mike Barson, Chris Foeman e Lee Thompson, isso em 1976. Em 78, resolvem mudar o nome da banda para Morris and the Minors e chamam para o grupo Graham `Suggs´ McPherson, Mark Bedfor, Chas Smash e Dan Woodgate. Mais para o final do ano mudam novamente o nome, agora para Madness, uma homenagem a Prince Busters, um dos grandes nomes do reggae jamaicano. No ano seguinte, o Madness lança seu primeiro single, também um tributo a Prince Busters, com o nome de The Prince, pelo celo Two-Tone. A canção faz sucesso, indo muito bem na parada inglesa. Graças a isso, a banda assina com o selo Stiff Records e lança outra canção de Busters, One Step Beyond, que se dá ainda melhor que sua antecessora.

Rapidamente a banda grava seu primeiro álbum, também chamado One Step Beyond, com produção de Clive Langer e Alan Winstanley. Lançado no final de 1979, o álbum bate no topo da parada e fica durante um ano entre os discos mais vendidos na Inglaterra. No começo dos anos 80, lançam mais um single, My Girl, mantendo a escrita dos anteriores e durante os três anos seguintes, todos os lançamentos feitos pela banda se colocam bem nas paradas, mostrando que o Madness é uma das mais populares bandas do país, rivalizando com o The Jam.

Neste mesmo 1980, lançam o EP Work Res and Play, com a canção Night Boat to Cairo, um dos maiores sucessos do ano. Ao mesmo tempo em que têm o álbum One Step Beyond sendo lançado nos Estados Unidos. O segundo disco cheio da banda, Absolutely, só é lançado no final de 1980. O grupo continua conquistando fãs na Inglaterra, mas a carreira americana vai muito mal. As vendas de One Step Beyond vão muito mal e a Sire, responsável pela banda nos Estados Unidos, quebra o contrato com o grupo, deixando-o sem representante no maior mercado de discos do mundo por vários anos.Enquanto isso, na terra natal, o Madness se mantém no topo. O grupo passa a fazer shows mais cedo, nas chamadas matinês, e passa a atingir um público ainda mais novo, ajudando nas vendas de seus dois álbuns.

No meio de 1981 sai o terceiro disco da banda. Seven, que invariavelmente entra no top 10 da parada inglesa. Em janeiro do ano seguinte, outros singles são lançados, uma cover para It Must Be Love, de Labi Siffre, um obscuro cantor inglês. Em março do mesmo ano é lançado Cardiac Arrest, o primeiro ´fracasso´ do Madness, chegando apenas na posição de número 14 nas paradas, mas isso porque as rádios se recusaram a tocar a canção. Mas o ´fracasso´ é passageiro. Poucos meses depois o grupo lança House of Fun, novo single, que se torna o primeiro número um da carreira da banda. No mesmo ano também lançam a coletânea Complete Madness, outro estrondoso sucesso.

A banda volta com um novo material no começo de 1982. The Rise and Fall, novo trabalho, se torna o maior sucesso do grupo, graças ao hit Our House, maior hit da banda e música mais conhecida deles no Brasil. O disco, graças a Our House, também consegue um pequeno sucesso nos Estados Unidos, por onde é lançado pelo selo Geffen, e conta com uma ajudinha da MTV. A MTV já tinha na sua programação os clipes de House of Fun, It Must Be Love e Cardiac Arrest, músicas não lançadas nos Estados Unidos, e transforma Our House em um dos maiores sucessos dos anos 80. O single da canção chega ao Top Ten americano e ´obriga´ a gravadora a lançar uma coletânea da banda para o público daquele país. A coletânea Madness, com os maiores sucessos do grupo, é lançada no mesmo ano, transformando It Must Be Love, no segundo sucesso dos ingleses na terra do tio Sam.

No final de 1983, Mike Barson, letrista do Madness, deixa o grupo para viver com sua esposa. Mesmo assim, o Madness consegue criar boas canções, como Michael Caine, último grande hit do grupo. No ano seguinte sai Keep Moving, último álbum pela Stiff Records - considerado um dos piores álbuns do Madness, junto com The Madness (1988) - por onde a banda ainda iria lançar mais um single, para One Better Day, já mostrando uma leve decadência -o disco chega apenas ao número 6 da parada e o single, ao décimo sétimo lugar. Antes do final do ano, o Madness cria seu próprio selo, chamado Zarjazz, por onde lança, em setembro de 1985, o single Yesterday´s Men. Logo depois sai Mad Not Mad, sexto trabalho de estúdio, que dá continuidade à decadência do grupo. Em 1986 gravam uma cover para Sweetest Girl, da banda Scritti Politti, a canção vai mal, não passando do número 35 da parada. Durante todo o resto o Madness se cala, voltando apenas em setembro para anunciar que estavam se separando. Dois meses depois é lançado o último single, Waiting for The Ghost Train.

A separação dura pouco tempo, pouco mais de um ano e meio, e o grupo se reúne em 1988. Como quarteto, com Chris Foreman, Lee Thompson, Chas Smash e Suggs, lançam o single I Pronounce You, contando com a participação dos tecladistas Jerry Dammers e Steve Nieve, ambos do Specials, além de Bruce Thomas, baixista do Attractions. O I Pronounce You vai mal nas paradas, mesmo assim o grupo resolve lançar um novo álbum, chamado apenas de The Madness. Logo depois a banda se separa novamente.

Quatro anos depois, em 1992, os membros originais do Madness se reúnem para dois shows especiais em Londres. A gravação dos shows, que levaram o nome de Madstock, se transforma no primeiro registro ao vivo da banda, lançado pela Go! Records. No ano seguinte o Madstock se transforma em um evento anual, que dura outras quatro anos, trazendo o próprio Madness e outras bandas para se apresentarem no Finsbury Park em Londres.

Como o grupo não lançava nenhum material novo, Suggs resolve sair em carreira solo e lança, em 1995, o álbum The Lone Ranger. Em 1996, o Madness se apresenta na última versão do festival Madstock e afirma que não irá mais se reunir para novos shows. Aparentemente os integrantes não deram muita bola pra isso e, em 1998, voltam a tocar juntos e lançam mais um disco ao vivo, Universal Madness em 1999. O disco foi produzido por Clive Langer e Alan Winstanley, que já haviam trabalhado com o grupo anteriormente.

Com o bom resultado, voltam ao estúdio e gravam Wonderful. Lançado também em 1999, o novo álbum é considerado um dos melhores discos da banda, mesmo não sendo um disco totalmente de ska, mas, sim, extremamente pop. Após o lançamento de Wonderful, a banda volta a fazer shows e se apresentar por toda a Europa, mas só em 2005 é que um novo álbum é lançado. The Dangermen Sessions, Vol. 1, traz vários covers de clássicos do reggae.


Por Valdir Antonelli, com informações da All Music Guide

Publicado em 13 Nov 2007, 17:33


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